As 200 mil abelhas das colmeias de Notre-Dame sobreviveram ao incêndio que devastou o telhado da catedral na segunda-feira.

“As abelhas estão vivas. Até esta manhã não tinha notícias”, disse à AFP o apicultor Nicolas Géant que se ocupa das colmeias de Notre-Dame localizadas na sacristia, ao lado do templo.

“No começo eu pensei que as três colmeias haviam queimado, não tinha nenhuma informação. Mas então eu vi pelas imagens de satélite que elas não tinham sido atingidas e o porta-voz da catedral confirmou que as abelhas estavam entrando e saindo de suas colmeias normalmente”, acrescentou.

Géant recebeu mensagens e ligações de todo o mundo de pessoas perguntando se as abelhas haviam morrido no incêndio.

“Foi inesperado. Recebi telefonemas da Europa, claro, mas também da África do Sul, Japão, Estados Unidos e América do Sul”, disse ele.

Em caso de incêndio e nos primeiros sinais de fumaça, as abelhas tomam muito mel e protegem a rainha.

“Esta espécie (abelha europeia) não abandona a sua colmeia. (…) O CO2 (dióxido de carbono) as entorpece”, explicou Géant, que espera voltar a ver as abelhas “na próxima semana”.

Cada colmeia produz, em média, 25 quilos de mel a cada ano que são vendidos ao pessoal de Notre-Dame.

Tornou-se comum a instalação de colmeias na capital francesa em diversos e inesperados lugares, como na Ópera de Paris.

Tamara leitte

Autor Tamara leitte

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