Título: 1984

Autor: George Orwell

Editora: várias

 

O livro 1984 é um clássico da literatura política. Escrito em 1948, este livro inspirou, entre outras coisas, o programa BBB que vem da expressão Big Brother (Grande Irmão) cunhada pelo autor George Orwell. Ficção atemporal e política, ela denuncia o mundo opressivo e sombrio do stalinismo implantado na União Soviética. Orwell era um ferrenho anticomunista e soube interpretar os sinais do seu tempo.

O romance acontece dentro de um mundo de ficcional devastado por uma guerra mundial que divide o planeta em quatro grandes potências, como a Oceânia, que reúne a ex-Grã Bretanha,

as ex-Américas, a Oceania (Austrália, Nova Zelândia e ilhas adjacentes) e parte da ex-África. Claro que, por sua origem inglesa, apesar de ter nascido na Índia, o autor ambienta o livro em Londres, a capital da Oceânia.

Por meio da televisão, que o autor chama de teletela, o Big Brother fala com todos, vigia todos, pune todos. Neste novo grande país existem apenas quatro ministérios para governar o povo, porém um deles chama muito atenção para os dias atuais (72 anos após a publicação da primeira edição, em 1949): é o Ministério da Verdade, cuja função primeira é sua função é falsificar registros históricos e produzir mentiras para alienar cada vez mais os governados, como as notícias de uma guerra que nunca acaba. Era a invenção das modernas “fake News”.

O livro narra a atuação repressiva da Polícia das Ideias — que tem a finalidade de suprimir, eliminar, todos aqueles que ousarem questionar ou pensar diferente do regime implantado. O livro 1984 é um maquiavelismo moderno muito utilizado pelos regimes ditatoriais da segunda metade do século XX.

Torturas, mentiras, perseguições, opressão total sobre a população e suas muitas formas de dominação como a invenção da novilíngua que tinha como objetivo fazer com que as pessoas esquecessem o sentido das palavras. Para os arautos do Big brother “uma vez que as pessoas não pudessem se referir a algo, isso passa a não existir”. As teletelas, distribuídas em todos os lugares, traziam insistentes mensagens subliminares do tipo “guerra é paz” ou “liberdade é escravidão”.

O governo se encarrega de tudo numa titânica luta para manter um sistema de emburrecimento e alienação cultural e política gradual e persistente, criando por exemplo, músicas cujas letras vazias tem o objetivo de desviar a atenção das pessoas. O livro gira em torno da vida do protagonista Winston Smith, funcionário do Departamento de Documentação do Ministério da Verdade que se apaixona por por Júlia, funcionária do Departamento de Ficção. Ah, o amor é uma das atividades humanas proibidas pelo governo.

Ao se apaixonar, Winston torna-se um transgressor e isso o faz acreditar que uma rebelião é possível. A polícia é implacável e os amantes são levados à reeducação por meio de uma política cruel e nefasta.

Ler 1994 é essencial para entendermos dias atuais. Por isso mesmo, ele livro está há meses na lista dos 10 livros mais vendidos no Brasil, publicadas pelas principais revistas e jornais do país.

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