Com a falta de chuvas, o país vem enfrentando a pior seca dos últimos 91 anos, o que vem afetando o nível das usinas hidrelétricas, geradoras de energia, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste. Por isso, campanha do Ministério de Minas e Energia sugere a participação de todos na adoção de medidas de consumo consciente para evitar o desperdício.

São atitudes simples como desligar o chuveiro enquanto estiver ensaboando, usar em casa lâmpadas de LED, que são mais econômicas, deixar a torneira fechada enquanto se escova os dentes e desligar equipamentos da tomada antes de sair.

“Temos todos os instrumentos, todas as condições de superar esse desafio. E é importante que todos participem disso, economizando naquilo que é possível economizar em energia, racionalizando o uso da água, preservando as nossas águas, que não são apenas para a geração de energia, mas também para outros usos, como agricultura, consumo humano, irrigação, turismo, lazer”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.

Outras sugestões da campanha são tomar banhos curtos, de no máximo dez minutos; evitar o uso de extensões e benjamins, pois ligar muitos aparelhos na mesma tomada desperdiça energia; além de colocar a geladeira longe do fogão e não deixá-la exposta ao sol, pois fontes de calor fazem com que ela trabalhe mais.

Matriz energética

As hidrelétricas predominam na matriz energética brasileira, representando 65% da produção de eletricidade do parque gerador do país. Por isso, o nível dos reservatórios e a produção de energia sofre o impacto do regime de chuvas.

Com menos chuvas, o nível dos reservatórios cai e o Governo recorre mais ao uso de termoelétricas, mas isso pode tornar o serviço mais caro. Dessa forma, o consumo consciente evita o desperdício de energia, contribui para preservar a água dos reservatórios e reduzir o valor da conta de luz.

“O Governo monitora o setor elétrico brasileiro 24h por dia, 365 dias por ano, E é dessa forma que estamos planejando para que o país mantenha a sua segurança energética e a energia no menor custo possível”, ressaltou Bento Albuquerque. “Todos fazem parte da solução do problema. E, dessa forma, nós temos trabalhado já há muito tempo de forma transparente em um diálogo permanente com todos os consumidores.”

Medidas

O Governo tem adotado medidas para reduzir os impactos da escassez de chuvas, de acordo com o ministro de Minas e Energia. “Desde o ano passado, quando nós observamos que teríamos um período hidrológico desfavorável, nós iniciamos a importação de energia da Argentina e do Uruguai. Também autorizamos despachos de usinas termelétricas para que nós pudéssemos preservar o máximo possível os nossos reservatórios.”

Segundo ele, o Governo também trabalha para preservar o máximo possível de águas nos reservatórios para que quando alcançarmos o fim do período seco, tenhamos água suficiente para gerar energia.

Diversificação da matriz

Outra medida é que a participação da hidroeletricidade na matriz elétrica brasileira tem cedido espaço a outras, desde os anos 2000, numa estratégia para reduzir a dependência desse tipo de fonte de energia, de acordo com o Ministério de Minas e Energia.

“Adotou-se não só a política de diversificação da matriz, por meio dos leilões de energia, os quais viabilizaram que outras fontes se tornassem bastante competitivas ao longo dos anos, protegendo os interesses do consumidor, mas também uma política de reforço significativo do sistema de transmissão brasileiro, o Sistema Interligado Nacional (SIN)”, explicou a pasta, em nota.

O SIN permite que os consumidores de um canto do país possam consumir a eletricidade gerada de outro quadrante brasileiro, quase que instantaneamente, reduzindo a dependência das fontes de geração disponíveis em cada região.

A previsão do Operador Nacional do Sistema (ONS) é que os reservatórios chegarão até o fim do mês de junho com níveis de 80,5% no Norte; 68,5% no Sul e 55,1% no Nordeste. A estimativa é de que as unidades localizadas na região Sudeste/Centro-Oeste encerrem junho com 28,9% de volume de água.

Veja a campanha de consumo consciente

FONTE E FOTO: Agência Brasil

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