Filme: Perdoai as nossas ofensas
Diretor: Ashley Eakin
Elenco: Knox Gibson, Hanneke Talbor e Justin Mader
Local: Netflix
Duração: 14 minutos
Um filme eletrizante.
Trata-se de um curta-metragem. Tem apenas 14 minutos, mas não precisaria de mais contar o que conta.
A história narra uma das mais vergonhosas faces do nazismo. Quando pensamos em nazismo associamos, imediatamente, as cenas de crueldade dos campos de concentração e o extermínio dos prisioneiros judeus, as chaminés vomitando a pútrida fumaça negra cujo cheiro de carne assada incomodava os próprios soldados alemães. Mas o terror, a maldade do nazismo é verticalmente mais profunda.
Este filme mostra uma mãe alemã e seu filho alemão, uma criança que tem uma deficiência física em um dos braços. Um inteligente menino. Sua mãe é uma jovem professora. Sua aula, que abre o filme, é pergunta perturbadora que vem pronta e precisa ser feita aos alunos: —quanto o povo alemão gasta com uma pessoa doente, improdutiva.
Ela sabe e, ele também, que os nazistas estão matando as pessoas doentes (acamadas ou impossibilitadas de trabalhar e produzir), e as pessoas portadoras de qualquer espécie de deficiência. Uma perseguição e morte que também atinge homossexuais, comunistas e prostitutas. E claro, os adversários políticos.
Este filme, de apenas 14 minutos, levanta um pouquinho a ponta do tapete para reforçar a memória de que os nazistas são o espectro do que há de pior no ser humano: aquele gado bípede que um líder desalmado tange para onde quer; autômatos que matam sem qualquer pudor ou remorso em nome de uma ideologia ou de um sonho higienista ainda que bestial e desumano.
Veja o trailer: https://www.netflix.com/br/