Segundo Comurg, balanço corresponde ao período de janeiro a agosto.
Especialistas dizem que quedas poderiam ter sido evitadas com fiscalização.
Mais de 800 árvores caíram este ano em Goiânia. Segundo especialistas, a maioria destas quedas poderia ter sido evitada, já que as plantas dão sinais de que estão fracas, doentes ou com idade avançada.De acordo com o engenheiro ambiental Antônio Pasqualeto, falta fiscalização para evitar os transtornos.
“É importante os órgãos que fazem monitoramento de manutenção. Eles devem mapear isso e fazer a retirada da espécie, substituição, antes de haver a queda, obviamente, porque você tem dano material e risco da população”, afirmou.
Ele conta que era criança quando o pai plantou uma gameleira que chegou a ter 15 metros de altura, caiu e destruiu a casa da família. Por pouco, a neta de 3 meses não foi atingida. Segundo Euller Barbosa Barcelar, que mora na casa, o susto foi grande.
“Veio a baixo tudo. Eu só vi um tronco trancando a cozinha. A porta da cozinha não abria, aí taquei minha filha por cima janela que estava no chão. A janela já estava quebrada para minha irmã segurar. Aí eu e minha esposa pulamos para ficar salvos”, disse.
Conforme um laudo da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) feito em julho deste ano reconhece que árvore estava comprometida pelo fogo, com galhos principais rachados. O órgão autorizou a poda e se responsabilizou pela manutenção da gamaleira. Segundo o morador, isso não aconteceu.
“A poda ficou incompleta e devido ela ter ficado incompleta um lado ficou mais pesado que o outro, tirou os galhos de um lado em detrimento dos outros, então quando parou esse serviço os galhos que ficaram sobrando eles foram afetados pelo fogo, enfraqueceram e ocorreu o que, igual a uma rosa que despetala, começou a cair e lamentavelmente era uma tragédia anunciada e aconteceu exatamente o que aconteceu hoje”, relatou o morador.
Fonte: G1 Natureza