Lelé Arantes
Cada vez mais fica patente que o brasileiro não sabe votar. Pelé foi massacrado pela imprensa
e pelos políticos anos atrás quando disse essa frase lapidar. E ele estava certo.
Veja a situação do Brasil.Como asseverou La Boétie há quatro séculos e meio: os seres humanos gostam da
servidão.
e pelos políticos anos atrás quando disse essa frase lapidar. E ele estava certo.
Veja a situação do Brasil.Como asseverou La Boétie há quatro séculos e meio: os seres humanos gostam da
servidão.
Não podemos jogar nossa responsabilidade sobre os ombros alheios.
O que precisamos é aprender a votar. E votar com consciência.
O voto é uma arma poderosa e nós a estamos transformando em banalidade por não
sabermos usá-la. Em 2018, quase um terço do eleitorado brasileiro não votou, anulou ou
votou em branco. Ou seja, mais de 42 milhões de brasileiros deram as costas à democracia.
Uma Ucrânia inteira.
O que precisamos é aprender a votar. E votar com consciência.
O voto é uma arma poderosa e nós a estamos transformando em banalidade por não
sabermos usá-la. Em 2018, quase um terço do eleitorado brasileiro não votou, anulou ou
votou em branco. Ou seja, mais de 42 milhões de brasileiros deram as costas à democracia.
Uma Ucrânia inteira.
O grande trabalho político dos próximos meses será a capacidade dos partidos e dos
candidatos de atrair o interesse do eleitorado. Os pré-candidatos que não estão na ponta das
pesquisas precisam encontrar, rapidamente, uma forma de falar com o eleitor e de convence-
lo a votar. São cerca de 45 milhões de eleitores cujos votos estão voando por falta de
comunicação persuasiva.
candidatos de atrair o interesse do eleitorado. Os pré-candidatos que não estão na ponta das
pesquisas precisam encontrar, rapidamente, uma forma de falar com o eleitor e de convence-
lo a votar. São cerca de 45 milhões de eleitores cujos votos estão voando por falta de
comunicação persuasiva.
Urge que o eleitor brasileiro deixe para trás o couro de bonzinho e de vítima. Não somos nem
uma coisa nem outra. Somos o espelho dos nossos governantes. Lá no fundo da alma nós
queríamos ser como eles. Como diz meu amigo Marcelo Souto, ex-prefeito da pequena Jacaré
dos Homens, no interior de Alagoas: o poder inebria.
uma coisa nem outra. Somos o espelho dos nossos governantes. Lá no fundo da alma nós
queríamos ser como eles. Como diz meu amigo Marcelo Souto, ex-prefeito da pequena Jacaré
dos Homens, no interior de Alagoas: o poder inebria.
Queríamos estar no lugar de Bolsonaro, de Lula, de Dilma, de Temer e de todos aqueles que
tem cargo de mando. Queríamos ter o poder que eles têm, o holofote que os ilumina, o
pedaço que eles ocuparão na história. Daqui cem anos ninguém lembrará de nossa existência
desbotada, mas o nome deles estará nos anais da história.
tem cargo de mando. Queríamos ter o poder que eles têm, o holofote que os ilumina, o
pedaço que eles ocuparão na história. Daqui cem anos ninguém lembrará de nossa existência
desbotada, mas o nome deles estará nos anais da história.
Talvez seja isso que nos magoa; talvez seja isso que faz o cidadão tomar partido com
ferocidade, com raiva, surdo e alheio a tudo. E não há nenhuma luz no horizonte do Brasil.
ferocidade, com raiva, surdo e alheio a tudo. E não há nenhuma luz no horizonte do Brasil.
Por Lele Arantes – Jornalista, historiador, colunista.
Foto: TSE
