Leão mais famoso do Zimbábue foi abatido por dentista americano
Pessoas do mundo inteiro estão revoltadas com a morte de Cecil, um leão de 13 anos que era uma celebridade e a atração principal de um parque nacional no Zimbábue. O animal foi morto pelo dentista e atirador profissional americano Walter Palmer, do estado de Minessota.
Segundo as autoridades do Zimbábue, o dentista teria pago US$ 50 mil para caçar Cecil. O leão teria sido atraído para uma fazenda, fora dos limites do parque. O pobre animal foi caçado com arco e flecha e agonizou por 40 horas, até ser morto por um tiro. De acordo com a Força de Preservação do Zimbábue (ZCTF, na sigla em inglês), Palmer cortou a cabeça de Cecil e arrancou sua pele.
O leão fazia parte de um estudo da Universidade de Oxford e tinha um colar GPS como parte de um projeto de pesquisa, para que sua movimentação pudesse ser mapeada. Segundo o ZCTF, os caçadores tentaram, mas não conseguiram destruir o aparelho.
Cecil deixou seis filhotes órfãos, que deverão ser mortos pelo novo macho do grupo, uma forma de estimular as fêmeas a cruzarem com ele. É assim que acontece na natureza selvagem.
Revolta
A página que o dentista mantinha no Facebook foi apagada, mas várias outras foram criadas repudiando a atitude de Walter Palmer. De acordo com noticia veiculada no Jornal Nacional, no site da Casa Branca pelo menos cem mil americanos já assinaram três petições pedindo que o governo autorize a extradição do caçador.
O dentista agora está respondendo a um processo e disse em nota que se arrependeu e que sabia que caçar Cecil era ilegal. Dois outros homens acusados de participar da caçada e da morte de Cecil, o caçador profissional Theo Bronkhorst e o fazendeiro Honest Ndlovuum, responderão por caça ilegal e, se forem condenados, poderão pegar até 15 anos de prisão no Zimbábue.
Não é a primeira vez que Walter Palmer se envolve com caça ilegal. Em 2006, o dentista americano foi condenado a pagar uma multa de US$ 3 mil após ter matado um urso-negro no Estado de Wisconsin.