O óleo trocado dos carros constantemente pode ser reciclado e reaproveitado em novas aplicações, evitando seu descarte inadequado e consequente poluição
O óleo lubrificante, utilizado em automóveis, assim como o óleo de cozinha pode e deve ser reaproveitado. A técnica conhecida como rerrefino permite que o produto seja reutilizado como matéria-prima de outros produtos. No Brasil, apenas 24% do óleo lubrificante é reutilizado, uma porcentagem baixa, já que este é um produto que necessita de troca contínua para correto funcionamento dos motores dos automóveis. O material trocado e não reciclado pode causar sérios danos ao meio ambiente.
Para se ter uma ideia, um litro de óleo consegue acabar com o oxigênio de um milhão de litros de água e uma tonelada do produto consegue poluir o mesmo que 40 mil pessoas. Mesmo com tantas informações preocupantes, a reciclagem de óleo lubrificante ainda não é realizada da forma correta, com o rerrefino, para remover aditivos, contaminantes e oxidantes. Em média, a cada 1 bilhão de litros consumidos no Brasil, apenas 250 milhões são coletados para reciclagem.
A reciclagem do óleo lubrificante é realizada em refinarias, removendo impurezas químicas, sujeira e metais pesados. No processo é realizado um teste para determinar a adequação da desidratação, que vai remover a água que será tratada. O combustível é separado do óleo, que é destilado para remoção do corte lubrificante. Este lubrificante, que será reaproveitado, passa por um processo químico de estabilização. Aditivos são misturados ao produto para fabricar produtos específicos para cada finalidade. Os produtos são testados sobre a qualidade e pureza e destinados à venda.
Ainda falta conscientização da população e das empresas de troca de óleo, que podem e devem destinar corretamente o material descartado. A reciclagem de óleo é definida como obrigatória pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente desde 1993, proibindo o descarte em água, solos, esgoto e queima, mas mesmo assim menos de 15% do óleo trocado foi encaminhado para reciclagem. E, de acordo com o Conselho, o descarte inadequado é considerado crime ambiental.
Mesmo que o óleo lubrificante seja vendido e não apenas doado às empresas de coleta, os postos ainda se recusam em destinar corretamente o material. Talvez pelo trabalho que tenham em separar o óleo ou simplesmente por falta de informação. Outros postos possuem dificuldades em encontrar empresas que colham o material no estabelecimento. O ideal seria o proprietário armazenar o produto corretamente e quando tiver uma grande quantidade do produto, entrar em contato com a empresa mais próxima.
Fonte: Pensamento Verde