Lelé Arantes

A coligação formada pelo Patriota, Avante, Cidadania, PSB e PTC elegeu Saulo Morais de Castro, de 61 anos, prefeito do município de Catas Altas, em Minas Gerais, que, junto com seu candidato a vice-prefeito, Zé Venâncio, de 68 anos, obteve 1.900 votos, 51,46% dos votos válidos. O grupo de Morais elegeu quatro dos nove vereadores: Jessé Felippe Pedro dos Santos e Simone Aparecida de Oliveira, a Simone do Salão, pelo Patriota; e, Giovani do Táxi, do Cidadania, e Anízio Indé, do PTC.

O prefeito Saulo Morais e a presidente Dilma Rousseff. (Foto extraída do site http://www.bomdiaonline.com, postada em 16/04/2014, às 10h45)

Com 5.421 habitantes e um território de 240,042 quilômetros quadrados, a povoação surgiu por volta de 1694, por causa da descoberta de minas de ouro. Catas Altas está distante de Belo Horizonte 139km e ao lado de Mariana, situada aos pés da Serra do Caraça, integrando o Circuito do Ouro ao longo da Estrada Real.

Durante o ciclo da mineração, Catas Altas foi um dos mais ricos e populosos povoados de Minas. Com o esgotamento das minas, o arraial ficou praticamente abandonado. A história da cidade registra que, em 1868, chegou a Catas Altas o monsenhor Manuel Mendes Pereira de Vasconcelos para ser o vigário do arraial. A perceber o estado lastimável em que se encontrava o lugar, além do abatimento moral estampado nos rostos dos poucos moradores que ainda não haviam emigrado, ele procurou dar um jeito na situação.

Santuário da Serra do Caraça, em Catas Altas. (Foto extraída do site https://www.temqueir.com.br postada por Mariza e Karina Cordocil em 21/03/2018)

O religioso acreditava que, para provocar mudanças drásticas, era necessário educar as pessoas, ensinar a cultura de subsistência e desenvolver o conceito da vida em comunidade. Ao encontrar uma muda de videira americana na casa de um amigo, ele descobriu ser possível produzir até mesmo o vinho que necessitava nas missas. A produção do vinho fez com que a população elevasse sua autoestima: uns plantavam as videiras, outros fabricavam o vinho, outros comercializavam o produto, numa cadeia em que o dinheiro girava e todos saíam ganhando. E no século XIX os moradores começaram a produzir também o vinho de Jabuticaba.

Vista da área central de Catas Altas. (Foto extraída do site https://mundodosinconfidentes.com.br postada em 26/03/2020 às 8h52)

Hoje a cidade vive da mineração de ferro e tem o turismo como uma alternativa de renda e sustentabilidade. Seu PIB per capita é de R$ 114.738,85 (21.326,92 dólares, cotação de 21/11/2020). É o 39º maior PIB per capita do Brasil, o 7º do Estado e o 2º da sua região. Seu IDH deixa a desejar, é médio, com índice 0,684, porém seu IDEB está acima do nível nacional.

Duas das principais missões do prefeito Saulo é equacionar o PIB com a saúde e a pobreza. O índice de mortalidade infantil é alto e mais de um terço de sua população, 35,6% sobrevive com menos de meio salário mínimo. O média salarial dos trabalhadores formais é 2,3 salários mínimos. A população ocupada chega a 19,5%.

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