De acordo com experimento realizado na Austrália, elas podem não conseguir armazenar tanto CO2 quanto se acreditava.
Mas um novo estudo realizado na Austrália questiona as estimativas sobre a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que árvores poderiam retirar da atmosfera.
Segundo cientistas da Universidade da Western Sydney University, árvores não conseguem armazenar tanto dióxido de carbono (CO2) quando se pensava.
Os experimentos põem em dúvida a tese de que níveis crescentes de CO2 na atmosfera intensificariam o desenvolvimento (o chamado efeito de fertilização) das árvores – que se “alimentam” do carbono retirado do ar através da fotossíntese – aumentando assim a absorção do gás.
O estudo foi publicado na revista científica “Nature Climate Change”.
Segundo os cientistas, a pesquisa também indica que, por este motivo, levantamentos internacionais sobre o armazenamento de gás carbônico nas florestas podem estar superestimados.
Eles analisaram, por cinco anos, eucaliptos nos limites de Sydney que foram artificialmente bombardeados por altas doses de dióxido de carbono lançadas por tubos a 28 metros de altura.
O objetivo do experimento era simular os níveis de CO2 na atmosfera previstos para 2050.
A fotossíntese das árvores estudadas aumentou em 19% em três anos, mas – como elas crescem em uma região de solo pobre – a intensificação do processo não teve o impacto esperado no seu crescimento.
Como resultado, mais gás passou a ser absorvido, porém este aumento também não foi significativo, segundo os cientistas, diante do intenso bombardeio de CO2 sofrido pelas plantas.
Os cientistas afirmaram que os resultados tendem a ser mais contundentes em solo de pior qualidade, com baixas taxas de fósforo ou nitrogênio.
Eles acrescentaram que isso poderia ter implicações importantes para outras regiões com florestas tropicais e subtropicais.
Este texto faz parte da série #SoICanBreathe, dedicada a problemas causados pela poluição.
fonte: G1 Natureza