Dentro de casa, animais recebem tratamento e carinho de voluntários.
Prefeitura de Porto Velho não possui local específico para receber bichos.

Um grupo de voluntários em Porto Velho tem se dedicado a cuidar de animais abandonados nas ruas da capital. Como o município não possui um local para receber e abrigar os bichos que são abandonados nas ruas pelos próprios donos, alguns amigos decidiram abrir os portões de casa para alimentar, medicar e dar carinho aos cachorros.

O projeto “Protetores Voluntários” é desenvolvido na capital por um grupo de amigos que se uniu para amenizar o sofrimento dos animais soltos nas ruas. O trabalho começou há cerca de 6 meses.  “Os protetores no caso, têm um projeto que resgata animal de rua e faz a castração deles, onde depois devolvem para o local de origem”, explica a estudante Andria Caroline.

Um dos animais que ganhou uma nova chance foi o cachorrinho Paçoca, encontrado abandonado na região central de Porto Velho.  O filhote recebeu todos os cuidados necessários pelo veterinário e já está pronto para a adoção. “A gente não tem abrigo, geralmente também não tem uma arrecadação fixa”, esclarece Andria.

image8A situação dos animais de rua pode mudar em breve, isso porque na semana passada uma liminar da 1ª Vara da Fazenda Pública determinou que a prefeitura de Porto Velho passe a oferecer atendimento médico-veterinário a animais abandonados em vias públicas, sejam eles vítimas de atropelamento, maus tratos ou em estado de vulnerabilidade. O prazo é de 30 dias.

A Secretaria de Saúde informou que ainda não recebeu notificação. “Mas nós entendemos que a determinação judicial é importante, temos que cumprir, vamos recorrer do prazo, porque o prazo é muito curto. O que não se fez em quinze anos não vai se resolver em 30 dias”, diz  Domingos Sávio, titular da Secretaria Municipal de Saúde.

As amigas voluntárias do “Protetores Voluntários” tornaram-se quase irmãs em prol do amor pelos animais e esperam que a recomendação seja cumprida com urgência.  “É o que nos junta, porque não é nada atrelado ao trabalho, não é nada atrelado a uma coisa que faça rotineiramente, então é uma coisa que a gente tem em comum, apesar de tantas diferenças”, descreve Andria.

Guerreiro
Nem todos os animais tiveram a sorte de serem abrigados pelos voluntários. Um desses casos é o de um cavalo, chamado Guerreiro, abandonado nas ruas, que causou comoção nas redes sociais.

“Chegando no local, encontrei o animal com várias escaras de lesões, bastante desidratado, com várias lesões nos membros posteriores e até nos membros anteriores devido à corda, vários machucados de escaras mesmo devido ele estar se batendo. Os moradores da região falaram que alguns garotos tinham maltratado muito”, conta o veterinário Vanderson Camargo.

Sem apoio de nenhum órgão público, voluntários chamaram um guincho para tentar salvar o animal, mas toda a ação não foi suficiente. “Ele morreu devido o sistema imunológico dele que estava muito baixo, e não desistiu”, comenta a estudante Maquezia Furtado.

Fonte: G1

Tamara leitte

Autor Tamara leitte

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