Após seis anos de trabalho, três amigas chilenas chegaram ao projeto final do dispositivo que promete carregar 100% da bateria do celular através da energia das plantas
Já imaginou carregar seu celular somente com as plantas que você tem em casa? A boa notícia do post de hoje é que três amigas chilenas, Guererro, Rupcich e Aravena, também tiveram a mesma ideia e conseguiram criar um carregador de baterias que promete revolucionar o consumo de energia. Batizado de E-Kaia, este biocircuito consegue absorver a energia residual contida nas plantas e ainda por cima converter em energia elétrica. O projeto, até o momento, é único no mundo.
Segundo as idealizadoras, somente um vaso de planta é necessário para carregar um celular moderno. Neste caso, o circuito que fica no fundo do vaso tem a capacidade de gerar até cinco volts e 600 miliamperes, o que é mais do que suficiente para atender às necessidades de uma pessoa que deseja ter o celular 100% carregado após uma hora e meia de conexão via USB com o E-Kaia.
Os resultados são tão positivos que as chilenas já até ganharam prêmios de inovação tecnológica e financiamento de investidores. Todavia, outros detalhes técnicos do E-Kaia ainda não foram completamente revelados, pois o processo de patente ainda está em curso. De qualquer maneira, o E-Kaia é um grande avanço e um precursor que promete abrir as portas para inovações que utilizem recursos naturais em prol da tecnologia, tudo, é claro, sem prejudicar o meio ambiente.
Reconhecimento e novas perspectivas
O E-Kaia chamou tanto a atenção dos especialistas da área que até já faturou prêmios importantes, como o Prêmio Nacional de Inovação Avonni de 2014 e o Jump UC. Agora, segundo as amigas, a próxima etapa é encontrar uma maneira viável de comercializar a solução para o público em geral. Para tal, algumas melhorias são planejadas, como deixar o E-Kaia mais potente e com design mais atrativo e portátil.
A ideia das pesquisadoras é também que o dispositivo ajude a resolver a falta de energia elétrica em áreas mais afastadas, como no campo, e ainda sirva como solução sustentável para iluminação de residências e até mesmo de vias públicas e praças. Com isso, seria preciso ter mais áreas verdes em cada cidade que deseje ter acesso à tecnologia, criando um cenário também muito positivo para preservação ambiental.