No município de Içara, no sul de Santa Catarina, um professor da rede pública percebeu a necessidade de ajudar os alunos com baixa visão. Uma de suas alunas nunca havia usado uma régua por não conseguir enxergar os milímetros e centímetros. Foi aí que Adilson Cardoso, docente do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), entrou em ação para ajudar.
“Fomos desenvolvendo uma solução com vários protótipos ao longo de três meses até chegar a um viável que pudesse ser testado e validado por crianças de baixa visão”, disse.
O protótipo final é uma régua que se conecta a um aplicativo de celular por meio do bluetooth. O instrumento tem uma precisão abaixo do milímetro e serve tanto para alunos destros quanto para canhotos. A criança movimenta o cursor por cima da régua, para a esquerda ou para a direita, e por meio de uma placa micro processada com sinal bluetooth o dispositivo informa os dados para um aplicativo de celular.
No município de Içara há cerca de 30 crianças com baixa visão. De acordo com Adilson, existem em torno de 600 crianças nessa situação só em Santa Catarina. “Podemos dizer que, a nível nacional, existe em torno de 20 a 28 mil crianças com problemas de baixa visão e que poderiam usar essa régua eletrônica para traçar retas, gerar figuras, quadrados, triângulos e assim por diante”, afirmou.
Texto e foto: Ministério da Educação (MEC)