Ovasco Resende
Dia 30 de outubro voltaremos às urnas. Ao contrário do que se propaga, a nossa democracia não está em risco. Em risco estão aqueles que propugnam contra ela. Penso que a democracia nunca esteve tão fortalecida no país como está agora. Aquele que não aceitar o veredito das urnas estará fora do jogo democrático. Tanto o povo quanto as instituições brasileiras estão cientes de que não há caminho fora da democracia nos tempos atuais.
Portanto, devemos ir às urnas de cabeça erguida, independentemente do candidato que você apoia. Ninguém cerceará o seu direito de voto e, com certeza, seja qual for resultado, ele será acatado e o eleito tomará posse e o país voltará à normalidade.
O Brasil já mostrou ao mundo que jamais aceitou ditaduras. As duas que tivemos no século XX foram sanguinárias, traiçoeiras e implacáveis porque encontrou resistência, encontrou boa parcela do povo que não coadunava com seus ideais. Getúlio Vargas governou com mão de ferro durante o Estado Novo e depois o povo provou a ele que aquilo não era necessário. Tivesse ele implantado a reeleição em 1937, teria sido eleito e reeleito e não precisaria ter lançado mão de um estado policialesco.
Os militares que governaram o país a partir de 1964 não tiveram um só dia de paz. Governaram à força dos tanques de guerra, baionetas, prisões, delações e torturas. Mas, eles tinham o respaldo popular para mudar o Brasil. Tivessem, naquele momento, pacificado a nação e convocado eleições gerais, feito uma Constituição com a presença popular, teriam saído dessa história como heróis nacionais.
Ainda que a ditadura à brasileira tenha sido uma mescla de eleições e nomeações, ela acabou sendo maldita por causa das perseguições e do império do medo. E não será diferente agora. Quem quer que seja eleito deverá respeitar a Constituição e fazer a manutenção da nossa Democracia, sob pena de enfrentar um levante popular de proporções inimagináveis. Tanto dentro como fora do país.
Por isso, vamos votar com segurança e com liberdade. É isto que todos nós queremos. Faremos história no dia 30 de outubro. Não importa em quem você votará, o que importa é que o resultado seja respeitado, assim como os partidos respeitam a legislação e a cláusula de desempenho.
Todos os partidos que não alcançaram a cláusula de desempenho estão se mobilizando para se adequarem à nova situação. Assim também devem ser com os dois candidatos. Aquele que perder, vá para casa e assuma que perdeu. Aquele que ganhar, comemore com seus eleitores e, ao assumir, governe para todos os brasileiros. Assim é o jogo democrático e isto é ser Patriota. O resto é oportunismo barato e merece o lodo da história.
Ovasco Resende, Presidente da Executiva Nacional do Patriota
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