Ocâncer de mama pode vir a ser detectado pelo sangue, em um processo denominado biópsia líquida. Uma bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) trabalha com a mesma linha de pesquisa desde 2012 para concretizar o uso da tecnologia em hospitais, possibilitando diagnósticos mais rápidos e em um processo menos invasivo.
No lugar do tradicional método, coleta-se um tubo de sangue das pacientes. O material passa por uma centrífuga, que separa as suas partes, e um citômetro de fluxo, que as conta e classifica. Nisso, é possível identificar a presença ou ausência de células tumorais, bem como diferenciar o câncer de mama de um tumor benigno.
“Além de ser mais simples, esse método permite acompanhar a paciente ao longo do tempo. É possível verificar em diversos momentos, em tempo real, se a terapia está sendo eficaz, se o diagnóstico realmente é câncer de mama. E também se está respondendo à quimioterapia”, conta Alinne Tatiane Faria Silva, bolsista de doutorado pela CAPES no Programa de Pós-Graduação de Genética e Bioquímica da UFU.
O novo tipo de diagnóstico poderá ajudar em tratamento precoce. “A mortalidade do câncer de mama se dá, principalmente, em decorrência de metástase. Caso consigamos detectar precocemente a presença dessas células na corrente sanguínea e tratar previamente, diminuirá tanto a morbidade quanto a mortalidade dessas pacientes”, afirma.
A doutoranda é orientada por Yara Cristina de Paiva Maia, coordenadora do PPG em Ciências da Saúde da UFU, que a supervisiona desde 2012. Professora do Departamento de Medicina da instituição mineira, Yara Cristina destaca o “espírito investigativo” da estudante. E emenda: “Nosso maior objetivo é fazer a diferença na vida das mulheres que sofrem dessa doença e também ajudar a comunidade médica.”
O projeto ocorre no Laboratório de Nanobiotecnologia de UFU, sob a coordenação do pesquisador Luiz Ricardo Goulart Filho, do Instituto de Biotecnologia da Universidade.
Assessoria de Comunicação Social da Capes