Hoje, 4 de fevereiro, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer, a data foi instituída pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), em 2008, com a finalidade de aumentar a conscientização sobre a doença e estimular a preservação.

Você sabia que entre 30 % e 50% de todos os casos de câncer podem ser prevenidos? Pois é, foi pensando nisso que conversamos com o dr. Mário Alberto Costa – oncologista do Grupo Oncoclínicas, e ele compartilhou algumas maneiras de você prevenir o câncer. Uma dica? Compartilhe essa matéria com a pessoa que você ama!

1. Tabagismo

É o fator isolado que é mais fácil tentar controlar e prevenir vários casos de câncer é o tabagismo. O tabaco está relacionado a múltiplas neoplasias, como cânceres de pulmão, esôfago, laringe, boca, garganta, rim, bexiga, pâncreas, estômago e de colo do útero. É importante envolver também o fumante passivo. Mascar tabaco também aumenta as chances de alguns tipos de câncer, como de boca.

2. Combate ao sedentarismo

Reforçar bem os fatores dietéticos e alimentares, combater a obesidade e sobrepeso são medidas modificáveis e que merecem atenção. Sedentarismo, obesidade e fatores dietéticos estão relacionados aos cânceres de esôfago, colón e reto, mama, endométrio e de rim. Por isso, é importante estimular o controle do peso, dietas ricas em frutas e vegetais e com poucos alimentos processados.

3. Redução de consumo do álcool

A ingestão de álcool está relacionada a vários tipos de cânceres, alguns tumores de cabeça e pescoço, como boca, faringe, laringe, esôfago, câncer de fígado, tumor de cólon e reto e câncer de mama. Estima-se que cânceres atribuídos ao álcool são responsáveis a mais de 300 mil mortes em todo o mundo anualmente.

4. Combate a infecções

Algumas infecções podem levar a determinados tipos de câncer. Por exemplo, infecção do trato digestivo por uma bactéria chamada Helicobacter pylori, infecção pelo  papilomavírus humano (HPV), hepatites B e C e o vírus Epstein-Barr. Aproximadamente, 15% dos cânceres podem ser atribuídos a agentes infecciosos. Hoje, já há vacinas para hepatite B, ajudando a evitar câncer de fígado e cirrose, e vacina de HPV, ajudando a evitar o câncer de colo do útero.

5. Poluição

Há vários agentes poluentes do ar, da água, do solo que podem estar contribuindo para o desenvolvimento de vários tipos de cânceres no mundo. Ou seja, atuar na preservação do meio ambiente é importante da mesma forma que atuar contra a contaminação de alimentos. Por exemplo, alimentos contaminados com Aflatoxinas, que são produzidas por determinados fungos e contaminam alimentos, como grãos. E dioxinas, que também estão presentes em determinados alimentos. E reduzir contaminantes de alimentos ajuda a diminuir alguns tipos de cânceres e, consequentemente, a mortalidade pela doença.

6. Exposição a carcinógenos ocupacionais

Um carcinógeno muito conhecido é o asbesto. Hoje em dia, vários países aboliram o uso dessa substância. O asbesto era importante para confecção de produtos de amianto, caixas d’água, telhas. E ele está relacionado a um câncer chamado mesotelioma e tumores torácicos.

7. Proteção contra radiação ionizante

A mais conhecida é a ultravioleta, que pode causar câncer de pele, como o carcinoma basocelular, carcinoma escamoso e o melanoma, tumor bastante agressivo. Logo, a proteção desde a primeira infância e ao longo de toda a vida deve ser estimulada fortemente.

Além disso, é importante se prevenir contra exposição de outros agentes radioativos presentes no solo, em materiais de construção, o que pode elevar as chances de câncer de pulmão. Às vezes, se observa-se em residências altos níveis de um agente ionizante chamado radônio. Ele pode ser diminuído com uma melhor ventilação nas casas e o com maior cuidado nas construções.

Em relação ao colo do útero, além da vacina, o exame preventivo do colo do útero deve ser feito regularmente e, às vezes, é possível detectar lesões pré-malignas e, com isso, tratar essas lesões e evitar que o câncer de colo do útero se desenvolva.

Sobre câncer colorretal, a colonoscopia já tem sido muito comentada, principalmente a partir dos 45, 50 anos de idade ela deve ser estimulada. Caso não possa fazer a colonoscopia, é importante investigar, via testes de alta sensibilidade, presença de sangue nas fezes.

Texto: Revista Glamour

Foto: Lajes Hoje

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