Lelé Arantes
Em uma coligação formada pelo Patriota, MDB e PT o prefeito Aristeu Pereira Nantes, de 54 anos, nascido em 20 de janeiro de 1966, foi reeleito para continuar mais quatro anos à frente da Prefeitura de Glória de Dourados, com 3.145 votos, equivalentes a 53,37% da votação. Seu vice-prefeito é o pecuarista Amadeu Ferreira de Moura, de 50 anos, filiado ao MDB. Seis dos nove vereadores do município foram eleitos dentro dessa chapa, sendo quatro do Patriota, um do MDB e um do PT.
Do Patriota foram eleitos Antonio Carlos da Silva Vieira, o Tonhão; Caio Gracia Souza, Claudia Regina Marangoni Bom, a Claudia Carreiro, e Robson de Almeida Ornelas. Do PT, foi eleito Julio Buguelo, o mais votado entre seus pares, e Sacolão, do MDB, completou o time vitorioso.
Glória de Dourados teve seu povoamento ligado a implantação da colônia federal de Dourados, em 1955. Clodomiro Albuquerque, administrador da colônia, determinou oito lotes do projeto para constituir o início de uma povoação e, com base em planta elaborada pelo engenheiro Paulo Thiry, foram executados, em 2 de maio de 1956, os trabalhos preliminares da área da futura povoação que dois anos depois já era um distrito de paz criado com denominação de Vila Glória, pela Lei Estadual nº 1.197, de 22 de dezembro de 1958, subordinado ao município de Dourados. Em 11 de novembro de 1963, o distrito foi elevado à categoria de município o nome de Glória de Dourados, pela Lei Estadual 1941.
Distante 276 quilômetros de Campo Grande, o município tem 9.950 habitantes e um território de 493,434 quilômetros quadrados, abrigando também o distrito de paz de Guaçulândia. Na área de saneamento, 99% da sua população recebe água potável e tem seu lixo coletado regularmente. Os índices do InfoSanbas dizem que 97% da população ainda usa fossa rudimentar para seus esgotos, enquanto o IBGE aponta 1,7% de esgotamento sanitário adequado.
Seu PIB per capita é R$ 19.075,91 (3.545,70 dólares, cotação de 21/11/2020), sendo o 67º maior do estado, o 12º a região e o 2417º no Brasil. Apenas 11,4% dos glória-douradenses tem ocupação formal e uma média salarial de 2,1 salário mínimo; a população que vive com menos de meio salário mínimo chega a 33,4%. A agroindústria está em franca expansão no município que, com a instalação de um laticínio, deve aumentar o fomento à pecuária leiteira e agricultura familiar.
O IDH do município, na casa de 0,721, é considerado alto e ocupa a 1.266ª posição do Brasil. O IDEB, no ensino infantil, está pouca coisa acima da média nacional, com índice de 5.7. Em compensação os números da saúde são excelentes, registrando um nível de mortalidade infantil bem abaixo da média brasileira, com 7,75 óbitos por mil nascidos vivos. Na área cultural, a cidade mantém o Museu Municipal Américo Brigatti.