Filme: Auto de resistência
Diretor: Lula Carvalho e Natasha Neri

Este documentário retrata os homicídios praticados pela polícia contra civis, no Rio de Janeiro, em casos registrados que são como “autos de resistência”. Ele acompanha a trajetória de personagens que lidam com essas mortes em seus cotidianos, desde o momento em que um indivíduo é morto, passando pela investigação da polícia, até as fases de arquivamento ou julgamento por um tribunal do júri.
Auto de resistência é uma classificação rotineiramente utilizada para se evitar que os policiais sejam responsabilizados pelos homicídios, já que eles alegam ter atirado em legítima defesa. O filme, baseado em estudos de Natasha Neri, uma estudiosa e pesquisadora nas áreas de Direitos Humanos e Justiça Criminal, formada em jornalismo com pós em sociologia e antropologia, contesta essa classificação ao afirmar que o problema “é que ninguém tem o direito de tirar uma vida com base apenas na chamada resistência à prisão”
Hoje essas mortes são denominadas “mortes em decorrência de ação policial”, e continuam sendo uma prática comum da polícia
Em Auto de resistência, os diretores Neri e Carvalho optam por acompanhar os casos por meio do olhar dos familiares e pelo sistema de justiça. “Nosso recorte é de situações em que a militância dos familiares ou vídeos que caíram nas redes sociais contribuíram na investigação. Esses dois fatores acabam influenciando a possibilidade de haver processo, isso é dado de pesquisa”, afirma Neri.
O filme ganhou o Festival É Tudo Verdade, de 2018, na categoria competição brasileira.

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